A fotografia está para a viagem assim como o queijo está para a goiabada, concordam?!

A comparação pode soar um pouco estranha, mas é que, na minha opinião, não existe dupla mais infalível que essa das Minas Gerais…e olha que eu sou paulista!

O mesmo ocorre com a viagem e a fotografia: são uma dupla inevitável. Tanto é assim que existe o ramo da fotografia de viagem.

Antes de falar um pouquinho sobre esse gênero da fotografia, vou tecer algumas breves anotações sobre a evolução da fotografia.

Há quem afirme que a história da fotografia teve início na Antiguidade (cerca de 350 a.C.), com as experiências de químicos e alquimistas. Porém, a primeira fotografia propriamente dita de que se tem registro foi tirada na França, em 1826, por Joseph Niépce. Já o primeiro registro com pessoas foi feito em 1838, em Paris, por Louis Daguerre, inventor do Daguerreótipo (primeiro equipamento fotográfico fabricado em escala comercial, que lembra uma grande caixa com tripé).

Na segunda metade do século XIX, tirar retratos tornou-se moda e, ao longo dos séculos, as técnicas foram evoluindo e foram sendo difundidas ao redor do mundo.

Foi na virada do século XXI, com o surgimento da tecnologia digital, que a fotografia passou por uma verdadeira revolução. As máquinas fotográficas analógicas foram substituídas pelas digitais, o que levou a transformações significativas, desde o registro até o tratamento das imagens.

Atualmente, os registros fotográficos ganham cada vez mais espaço, havendo, inclusive, redes sociais voltadas para a publicação de fotos. Inúmeras delas, aliás, retratando viagens.

A fotografia de viagem

Quando falamos em fotografia de viagem, logo vem à mente a ideia de ser pago(a) para explorar e fotografar o mundo, não é verdade?

De fato, o principal objetivo da fotografia de viagem é criar imagens que gerem interesse em um determinado destino. São as imagens que criam as expectativas sobre o lugar.

Sendo assim, a fotografia de viagem pode ser definida pela prática de técnicas fotográficas que buscam capturar imagens que mostrem as belezas, os costumes e as particularidades do local visitado.

Uma boa fotografia de viagem pode, ainda, transmitir a essência do lugar visitado, criando uma narrativa e não apenas informando.

Nessa relação entre fotografia e viagem, podemos citar, por exemplo, os fotógrafos de paisagens, os fotógrafos de ambientes urbanos e arquitetura, os fotógrafos de alimentos e, até mesmo, a fotografia de turismo de massa.

No que se refere à fotografia turística, especificamente, segundo Daniela Palma, da Universidade Estadual de Campinas, no artigo Fotografia e viagem: reflexões sobre experiência, linguagem e memória, “a captura de imagens pode vir desacompanhada de descobertas e indagações (quando inserida unicamente no contexto comercial) ou, ao contrário, as séries de imagens podem ganhar uma narrativa sobre a viagem, com comentários, explicações e outros tipos de interações. Os elementos verbais (comentários ou textos explicativos) criam os significados e sentidos pessoais e afetivos para as imagens“.

É o chamado visual storytelling ou “narrativa visual” – contar histórias por meio de imagens, no caso, fotografias. Para isso, é preciso que cada um desenvolva sua narrativa e estilo próprios.

O objetivo é atrair a atenção do público e fazer com que as pessoas se identifiquem com o que está sendo contado, e, também, provocar emoções.

Afinal, quais emoções suas fotos de viagens despertam?

 E que lugares as pessoas podem ver através do seu olhar?

Fontes: https://fotografiaprofissional.org/a-verdade-incomoda-sobre-fotografia-de-viagem/

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8653500

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